quarta-feira, 14 de março de 2012

Ser ou não ser, eis o cristão


Por Geraldo L. Spagno Guimarães


Ser cristão é uma realidade de tudo o que há de melhor em ser.

O cristão é capaz. Ele tem a capacidade de sofrer a dor que não está em si. É capaz de alegrar-se no espírito, mesmo estando triste na alma.

O cristão é forte quando encara intrépido sua pequenez evidente e sua fraqueza palpável.

O cristão não segue seu rumo; é seguidor de Cristo, e é semelhante a Ele quando ama seu semelhante.

O cristão existe, e para o cristão, existir é lutar sem dar golpes nas pessoas, é beijar e abraçar amando e acolhendo, sem pensar em sensações.

É passar por experiências sem se deixar dominar por nenhuma delas ou por coisa alguma, a não ser pelo ágape que deve compor sua essência e orientar seus vínculos.

Para o cristão, só há existir em Cristo.

Não ser cristão é querer ser escolhendo desobedecer.
Não ser cristão também é ser, mas negando a origem de todo ser, inclusive a própria.
Não ser cristão é barganhar com Deus para "ganhar" dos homens ou com eles.
Não ser cristão é crer na casualidade e negar a razão.
Não ser cristão é também crer que a paz nunca se alcança.
Não ser cristão é desacreditar em alianças ou na existência de amor não fingido.

Para o cristão, existir é a arte de dar ganhando e de vencer perdendo, ou seja, de morrer vivendo.

Para o não-cristão, o inimigo a ser vencido é justamente esse não que o antecede, para depois não ser vencido pela morte.

Ser ou não ser cristão. Essa é a questão, de vida ou de morte, da efêmera existência humana.



Fonte: www.projetoadoradores.org.br

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