sexta-feira, 2 de abril de 2010

Congresso Louvor e Adoração Diante do Trono - Nas mãos do Oleiro – abertura – 01/04/2010 (noite)





Ana Paula Valadão ministra louvor e palavra na abertura do XI Congresso Internacional de Louvor e Adoração Diante do Trono
Deus mais uma vez surpreendeu na abertura do XI Congresso Internacional de Louvor e Adoração Diante do Trono. Quase seis mil pessoas estiveram no Templo da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG) nesta quinta-feira, 1 de abril. Nem a viagem, cansaço ou calor desanimou essa moçada congressista. Caravanas de todo o Brasil e pessoas de várias partes do mundo estão nesta edição do congresso.
Como de praxe, a ministra Helena Tannure inicia o XI Congresso Internacional de Louvor e Adoração Diante do Trono com os famosos “recadinhos”. Ela fala da importância de todos os estarem com o foco em Deus. “Vamos começar a tirar as pedrinhas do barro”, fala relacionado ao tema deste ano “Nas mãos do Oleiro”. Em seguida a pastora Ezenete Rodrigues, líder do ministério de intercessão da IBL e também do Diante do Trono, sobe ao púlpito e ora em favor desses três dias de evento. “Que você saia daqui e a glória do Senhor seja vista por meio da sua vida.”

O Ministério de Louvor Diante do Trono cantou músicas “Vestes de Louvor”, “Vive o Senhor”, “Com Júbilo” – nas vozes de Israel Salazar, Ana Nóbrega e Roberta, “Seja o Centro”, “Aleluia” e “Oleiro”, estas duas últimas inéditas.

Ana Paula Valadão Bessa pregou sobre a palavra que está em Jeremias 18.1-6 que é o tema do congresso deste ano “Nas mãos do Oleiro”. A pastora compartilhou que nesses sete meses em que está morando nos Estados Unidos, Deus está trabalhando intensamente na vida dela.

“O Senhor tem falado ao meu coração sobre a importância da adoração a Ele em nosso cotidiano. Louvar ao Senhor no quarto, ao cozinhar, ao fazer a faxina, ao cuidar dos filhos, ao buscar as crianças na escola… É se tornar uma verdadeira adoradora em Espírito e em verdade. É algo que vai muito além de louvar nas plataformas ou púlpitos”, detalha.
Segundo Ana Paula, Jeremias foi um homem capaz de enxergar Deus nas mais simples atividades. “Um sermão é eficaz quando o pregador sofreu primeiro aquela palavra no seu interior. É com a consolação que fomos consolados que podemos consolar o outro”. A passagem bíblica sobre o oleiro ilustra bem uma matéria prima citada por Deus em Gênesis: o pó. “A primeira vez que Deus como oleiro modelou alguma coisa com suas próprias mãos foi quando fez Adão”, fala Ana.
Ela continuou a ministração explicando que o pó, o barro em si, não tem valor material algum, o valor está no trabalho do artista que faz o trabalho e agrega valor a ele. “O ser humano é a obra prima de Deus. A primeira vez que Ele, como oleiro, modelou alguma coisa com suas próprias mãos foi quando fez Adão.” Ana Paula Valadão detalha que o artista, o oleiro, quando vai fazer sua criação ele inicia um projeto. Ele não faz nada por acaso, cada etapa do processo tem uma razão de ser, e se não for bem feito, haverá resultados drásticos no final. Porém, se o oleiro for cuidadoso em cada etapa o resultado será um vaso lindo, pronto para ser usado. “Deus sempre olha para a substância informe e sem valor, e visualiza no que pode se tornar em Suas mãos”.
A primeira fase é a limpeza do barro. Nesse processo, o oleiro utiliza um elemento muito importante, a água. O barro pode estar duro, e somente a água do Espírito Santo poderá amolecer, tornar esse barro maleável. Há referências bíblicas que falam sobre o fluir das águas (João 4 e João 7) na vida de uma pessoa. “O barro – mistura da água com o pó da terra – é o Espírito Santo e a Palavra, não há como vivermos sem esses elementos. A água do espírito amolece o nosso coração que antes era duro”, explica Ana Paula.
“O oleiro começa a bater no barro para que a água entre em cada parte dele. Há áreas da nossa vida que ainda não receberam a água, é preciso que o oleiro (Deus) bata um pouco mais até ele ter certeza que a água se espalhou por todo o barro. Algumas vezes o oleiro joga o barro no chão, é preciso dentro deste processo. O Senhor quer que todos os nossos sonhos e projetos, todas as áreas da nossa vida sejam regadas”.
É nessa fase que o oleiro começa a arrancar cada sujeira, cada pedra que está dentro das pessoas (o barro). “Deus, o oleiro, vai batendo no barro, fazendo buraquinhos e vai com uma pinça lá no fundo e tira as pedrinhas. É o pecado, é a nossa velha maneira de ser, as nossas manias. O barro estava acostumado com aquelas pedrinhas, elas nem incomodavam mais ele. Mas o oleiro tem que tirar toda a sujeira. Depois de bater, abrir e limpar ele bate no barro de novo. Dessa vez para tirar as bolhas de ar. Ele precisa que todos os vazios sejam preenchidos. Sabe aquele vazio que você sente? Tem que ser preenchido pela perfeição de Deus”, relata Ana Paula.
A preparação do barro pode ser um processo lento e doloroso. “Se o processo de limpar, amassar e bater no barro não for tão perfeito o vaso corre um grande perigo. No momento de ser levado ao forno se o vaso não estiver bom ele quebra e pode quebrar todos os vasos que estão ao redor dele.” Segundo Ana Paula, com o barro limpo ele precisa estar centralizado, alinhado com a roda. Deus tem uma velocidade e uma direção, no centro da vontade Dele. “Quero dançar ao som da música do céu, e responder ao teu chamado. Quero avançar quando tua nuvem se mover, obedecer ao teu compasso”, cantou Ana para ilustrar a comparação.
No momento que o barro já está na velocidade certa o oleiro começa a rasgar o barro. Ele sofre uma grande pressão das mãos do oleiro para começar a tomar forma. A pressão mais forte sofrida pelo barro é interna. “Assim é a nossa vida, a pressão do Senhor sobre nós, o agir Dele começa de dentro para fora”, diz Ana. Chega o tempo que o vaso começa a receber uma forma, nesse momento, conta Ana, o vaso começa a ficar robusto, e o oleiro vem e começa a quebrar as beiradas dele. “Está trabalhando na boca do vaso. Meus irmãos, quando o vaso ‘pensa’ que já está pronto, o oleiro vem com uma faca de madeira e tira todo excesso do barro. A faca de madeira me faz lembrar da cruz. É na cruz que lidamos com os nossos excessos. Carregamos muita coisas desnecessárias. Deus quer que você olhe as coisas e entenda o que Ele está falando”.
Para Ana Paula a importância de entender o processo do oleiro é a “essência” da mensagem. Jeremias foi levado à casa do oleiro, e naquele trabalho braçal, compreendeu como Deus trabalha na vida das pessoas. “Cortei meu cabelo, cortei meu salão… vamos cortando todos os excessos. Leve isso para o seu cotidiano, Deus quer tirar os excessos de sua vida, a começar pelo que parece simples aos seus olhos. As vezes pensamos que estamos perdendo ao tirar os excessos, e depois entendemos que ficou muito melhor.”
Ana Paula Valadão explicou que em todo o processo o oleiro não tira os olhos do barro. Se ele não prestar atenção o vaso quebra, estraga, cai. “Você acha que o oleiro joga o vaso fora? Não. O oleiro não desiste do barro. Ele resolve aquele problema e vai começar tudo de novo”. Depois de moldado o vaso vai para um tempo de descanso. Para secar, ficar rígido e forte. Neste isolamento ele não pode se encostar em nenhum outro vaso.
No tempo de retiro o vaso está ficando forte, porém, é nesse momento que ele pode rachar. “Para consertar o vaso rachado o oleiro usa uma barrela – a mistura do barro que é o Espírito e a Palavra, com água, vinagre e sal. Vejo essa barrela como uma outra pessoa entrando em nossas vidas para sarar as rachaduras. A confissão dos pecados é importante, e você fará isso com aqueles que olham nos nossos olhos. Deus usa pessoas para nos sarar. A Bíblia diz que quem confessa Ele é fiel e justo para perdoar os pecados e purificar de toda injustiça”.
Mesmo se estiver no final do processo, se o vaso não for consertado o oleiro quebra o vaso em vários cacos e começa o processo todo de novo. Se ele não rachar, será levado ao fogo. “O fogo na Bíblia é figura de provação, refinamento. A prova final é a prova de fogo. Quem não for aprovado, vai ser lançado fora. O vaso que passar pelo fogo será enfeitado, adornado ou pintado. Glória a Deus”, relata Ana Paula.
Ao final da pregação, Ana Paula ministrou a canção “Oleiro”, inédita do Diante do Trono. “Preciso de ti, dependo de Ti /Só Tua graça Senhor me sustenta, / é melhor que a vida /Me rendo a Ti, trabalha em mim.” Em seguida, orou abençoando a vida de todos os congressistas e incentivando para que nesses dias se deixem ser moldados por Deus. Nas mãos do Oleiro. Sejam bem-vindos.
Por Elisandra Amâncio

Fonte: Diante do Trono / Últimas dos Adoradores

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